quinta-feira, junho 08, 2006

Bi-Idolatria

Futebol e Religião - Os mexicanos fazem do futebol a verdadeira religião nacional. Para muitos desapaixonados pelo desporto-rei, isto é idolatria. Com a febre do Campeonato do Mundo de Futebol, até os santinhos dos altares foram vestidos a rigor como verdadeiros jogadores, oriundos do clube do céu para dar uma ajuda extra aos atletas mexicanos.
A selecção portuguesa também levou para a Alemanha uma réplica da santinha mais conhecida dos portugueses. Dentro de dias é disputado o jogo mais católico do torneio, quando México e Portugal se encontrarem no derradeiro embate do grupo: “São Jesus dos Milagres” versus “Nossa Senhora de Fátima”.
Se ganharmos o Mundial, muitas velas serão acesas na Cova da Iria.
Mas quantas vidas se estão a apagar no continente africano pelo simples facto de andarmos distraídos com as nossas idolatrias?

Não vos garanti eu já, desde há tanto tempo, que vos salvaria? Vocês são testemunhas em como não há outro Deus! Não conheço mais ninguém!
Como são loucos os que fabricam ídolos para lhes servirem de deuses. As suas petições ficam sem resposta. E eles próprios são testemunhas em como é mesmo assim, porque os seus ídolos não vêem nem conhecem.
Quem se não um doido se lembraria de fazer para si um deus, ídolo sem valor algum?
O marceneiro pega no machado para fabricar um ídolo. Tira as medidas, faz as marcas necessárias e começa assim a esculpir um rosto humano. Por fim, tem na sua frente uma imagem, que até pode ser muito perfeita, mas que nem sequer é capaz de se mover do seu lugar… fabricam um deus para si, um deus esculpido! Inclinam-se perante ele. Adoram-no e fazem-lhe orações – “Livra-me”, dizem-lhe. “Tu és o meu deus!”
Tanta ignorância e tanta estupidez!
E nenhum deles reconsidera, nenhum deles pensa um bocado e diz para consigo: “Mas isto que tenho na minha frente não passa afinal de um simples pedaço de madeira! Será realmente justo que me ajoelhe na frente de um pedaço de lenha?”. Esse pobre e enganado está-se a alimentar como que de cinzas; está a confiar em algo que nunca lhe poderá dar ajuda de espécie alguma. E para cúmulo não tem em si entendimento suficiente sequer para reflectir e dizer para consigo: “Não será que esta coisa, este ídolo que estou a segurar nas mãos, é uma profunda mentira?!”
(Bíblia Sagrada, Livro do Profeta Isaías, Capítulo 44, versículos 8 a 10, 13 a 14 e 17 a 20)

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